História

Quando resolveram se reunir para tocar, em 1989, Armando Doró, Fernando Barbosa, Milton Pereira e José Carlos Soares só pensavam em diversão. Durante os encontros cotidianos em uma garagem para ensaiar composições de artistas como João Bosco, Toquinho, Vinicius de Moraes e Beth Carvalho, que ganharam um ritmo mais animado, outros músicos começaram a compor o Feito em Casa.


Na década de 90, uniu-se ao “clube do bolinha”, como brincam os meninos sessentões, a única mulher do grupo, Marlene Assumpção que deu um timbre feminino as melodias. Conhecido através da rede de amizades, o grupo que sempre foi uma atividade paralela dos trabalhadores – hoje em maioria aposentados – se tornou conhecido na região sul onde o próprio público começou a pedir shows. Os espetáculos sempre foram em ritmo de festa, conforme pretendeu o conjunto que tem a música como hobby.


“Nunca vivemos da música, os recursos dos shows eram usados para investimento da própria banda, compra de instrumentos, custeio de viagens... por isso cobrávamos pouco ou tocávamos até de graça”.







José Carlos diz que essa essência e particularidade do Feito em Casa é que mantém o grupo unido por mais de duas décadas. “Essa banda dura até agora porque nunca foi pelo dinheiro”, diz. Apesar de terem percorrido diversos municípios para fazer apresentações, o Feito em Casa criou raízes na terra de seus integrantes, Pelotas, onde de 1991 até 2008 realizou shows anuais no Teatro Sete de Abril (fechado desde 2010).



“A quantidade de público sempre nos surpreendia, mas um show em especial me marcou muito, pois chovia torrencialmente no dia e estávamos certos de que quando abrissem as cortinas haveria apenas meia dúzia de gatos pingados na plateia, mas ela estava lotada”, conta Milton que se emociona ao relembrar do carinho com que o grupo sempre foi tratado pelo público.


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